25.02.2022 - Em entrevista para o canal Tsargrad, Alexander Dugin reflete sobre o desenrolar do conflito na Ucrânia e seus elementos civilizacionais, existenciais e como um sinal da multipolaridade.
25.02.2022 - Diante da decisão de Vladimir Putin em realizar ataques de precisão em solo ucraniano, desestabilizando a força militar e neonazista que ocupa o país e violenta repetidamente seu próprio povo com ataques ao Leste do seu território, muitos são tentados a exaltar ou historicizar uma rixa civilizatória entre russos e ucranianos. Mas essa é apenas mais uma mentira que contaram para fortalecer o cerco a todo o povo russo.
23.02.2022 - Após uma longa espera, muito sangue derramado e grande sofrimento, Donetsk e Lugansk tiveram sua independência reconhecida. As injustiças históricas da geografia do leste europeu começam a ser, aos poucos, corrigidas. Apesar do desespero ocidental e das elites ucranianas estarem em fuga não há nada garantido, mas o caminho parece pronto para a recuperação da Novorrússia.
19.02.2022 - Disparos são trocados no Donbass, entre tropas ucranianas e os rebeldes patriotas, conforme o conflito congelado há alguns anos volta a se aquecer, com rumores de guerra e uma propaganda mentirosa e belicista tomando conta de todos os meios de comunicação de massa. A Ucrânia, enquanto Estado independente, é uma anomalia histórica e eventualmente será necessário pensar uma solução definitiva para essa anomalia.
13.02.202. Centro de Estudos Árabes da Eurásia da atual crise explosiva entre a Rússia e o Ocidente, um de seus capítulos está acontecendo na Ucrânia; Onde cada parte analisa sua força e capacidades, a Unidade de Estudos Russos do Centro apresenta, nesta investigação de imprensa, um resumo das visões russas mais proeminentes e mais importantes sobre os últimos desenvolvimentos em torno dessa crise depois que Moscou obteve uma resposta por escrito dos Estados Unidos e seus aliados em relação às garantias de segurança que solicitou. O relatório é a opinião de vários especialistas russos proeminentes que destacaram exclusivamente o Centro. Neste contexto, a direção do Centro estende o seu agradecimento e apreço pelo tempo e esforço destes especialistas, que são:
08.02.2022. Putin permanece sendo um mistério para os não russos, especialmente para os do hemisfério ocidental. Pouco se sabe sobre como ele realmente pensa, por que age da maneira como age, o que pretende fazer, etc. Ninguém melhor do que o filósofo Aleksandr Dugin para ajudar a explicar, para os não russos, quem é Vladimir Putin.
Antes de começar a falar sobre contra-hegemonia, devemos nos voltar para Antonio Gramsci, que introduziu o conceito de hegemonia no amplo discurso científico da ciência política. Em seus ensinamentos, Gramsci diz que dentro da tradição marxista-leninista, existem três zonas de dominação
05.02.2022. A crise que as relações entre a Rússia e o Ocidente vivem hoje não tem nada a ver com gás, petróleo, recursos energéticos ou economia. As tentativas de explicar a política como uma espécie de competição por um certo “prêmio”, como faz Daniel Yergin, são bastante superficiais e vãs. O que está acontecendo faz parte das lutas entre civilizações e conflitos geopolíticos onde as questões econômicas são secundárias e instrumentais.
04.02.2022. As ideologias políticas atuais surgiram sob a proteção da Modernidade e acabaram se cristalizando durante os séculos XIX e XX no calor das guerras. A primeira ideologia política que surgiu foi o liberalismo, que nada mais era do que um reflexo dos valores e leis criadas pela sociedade burguesa. Durante o século 20 liberalismo, comunismo e nacionalismo entraram em confronto, mas o liberalismo acabou triunfando sobre todos os seus adversários e concorrentes. Hoje o liberalismo é a única ideologia política que permanece. É claro que o liberalismo sofreu mutações e se transformou ao longo do tempo, mas os princípios que defende permanecem mais ou menos os mesmos: individualismo, utilitarismo e hedonismo, ou seja, uma espécie de "materialismo subjetivo" baseado no culto à propriedade privada, ao dinheiro e ao capital.
27.01.2022 As autoridades russas estão preparadas para enfrentar as provocações ocidentais. Mas elas meramente reagem as ações atlantistas. Elas não têm iniciativa. E não têm iniciativa porque carecem de um fundamento ideológico sólido, autônomo. A Rússia resiste à hegemonia unipolar, mas ainda não encontrou seu próprio caminho.
12.01.2022. Tensões no Cazaquistão e na Ucrânia voltam a chamar a atenção para o tema da integração eurasiática. Apesar das aparências, a Rússia tem sido extremamente negligente nesse tema, o que abriu espaço para intervenções atlantistas em sua esfera geopolítica. Está na hora da Rússia botar a casa em ordem de novo.
1. Era moderno e estava vinculado a conceitos atados à Filosofia do Iluminismo: o que é absolutamente incorreto — a modernidade é o Mal e a falsidade. Era, portanto, uma teoria política moderna. Muito melhor que outras teorias políticas modernas, mas ainda assim moderna. Essencialmente.
A seguinte entrevista com o filósofo russo Alexander Dugin foi concedida em 2 de janeiro de 2021 pela revista alemã Deutsche Stimme (“voz alemã”). Na entrevista foi discutido sobre a nova estratégia globalista conhecida como "O Grande Reset". Como estávamos discutindo problemas políticos que têm muito a ver com o liberalismo, também decidimos abordar, de uma perspectiva filosófica, a ontologia orientada a objetos e as últimas teorias filosóficas do professor Dugin sobre o sujeito radical.
A ruptura com o Ocidente é irreversível e isso terá consequências gerais para a Rússia. É inevitável, agora, que a Rússia dê início a uma substituição de importações. Não apenas em produtos, mas também de ideias e modelos. Mas como o filósofo russo Aleksandr Dugin explica, apenas substituir versões ocidentais por versões russas não basta. É necessário construir os próprios modelos.
A notícia número um no mundo hoje não é o OEM da Rússia ou o colapso da economia ocidental, mas a decisão da Suprema Corte dos EUA de rever a decisão de Roe Wade de 1973 e anular as garantias constitucionais do direito de interromper uma gravidez. Agora a questão do aborto foi transferida para o nível de cada estado, e imediatamente o Procurador Geral do Missouri Eric Schmitt anunciou a decisão de proibir o aborto. Ele explodiu os Estados Unidos e toda a parte globalista deste estado, após ter recebido tal golpe, correram para as ruas com uivos, rugidos e um desejo incontrolável de queimar carros e saquear lojas. Na minha opinião, isto é muito sério.
A Rússia é um país enorme que abrange todo um continente e, portanto, é muito difícil mudar sua dinâmica por causa de sua inércia. Entretanto, seria absurdo permitir que esta inércia nos conduzisse ao abismo. É por isso que as reformas (e outras emendas que precisam ser feitas) são muito difíceis de serem feitas.
A operação militar especial está avançando bem e o povo russo entendeu e recebeu bem a operação militar especial. O povo russo demonstrou sua resiliência. Mas a longo prazo, o povo russo não pode seguir sem uma Ideia Nacional. Já se passaram quase três meses desde o início da Operação Militar Especial na Ucrânia. Algumas conclusões podem ser tiradas. Não vou considerar o aspecto militar da operação, que requer a opinião de especialistas em estratégia militar, e não se pode falar de tudo enquanto a batalha está em andamento. Eu gostaria de avaliar outras circunstâncias que são puramente políticas:
Ao entrar em confronto direto com o Ocidente durante o Operação Militar Especial (OME), mesmo que o próprio Ocidente participe através de sua estrutura de representação ucraniana, que não pode ser chamada de "país", a Rússia é forçada a defender sua soberania em todos os níveis.
É o povo que sente a necessidade de mudanças urgentes e a mesma coisa aconteceu no final de 1980, mas naquela época o Partido Comunista da URSS não deixou as coisas rolarem. Foi então que os liberais se aproveitaram da situação e declararam abertamente que eles eram a mudança. O que aconteceu em seguida foi a ascensão do capitalismo, a idolatria em relação ao ocidente, o estabelecimento do livre mercado e a destruição e saque de todos as características positivas da era soviética.
Nosso estudo do layout geográfico sagrado da Rússia e, em um sentido mais amplo, da Eurásia, nos levou à necessidade de considerar o aspecto puramente religioso da “singularidade russa”, isto é, o aspecto diretamente conectado à Igreja Ortodoxa em que um dos mais importantes elementos da identidade do “continente russo” estão concentrados.
“Os espaços interiores do Império Russo e da Mongólia são tão imensos, e seu potencial em população, trigo, algodão, combustível e metais tão incalculavelmente grande, que é inevitável que um vasto mundo econômico, mais ou menos isolado, se desenvolva lá, inacessível ao comércio marítimo”. (Halford J. Mackinder)
O conflito na Ucrânia ainda não terminou. Somos bombardeados pelo Ocidente com informações favoráveis à Ucrânia e os ucranianos. Nos esquecemos que russos também tem sua perspectiva. Assim, em entrevista a Breizh-info, Daria Dugina pode nos dar outra visão sobre a situação.
A Operação Militar Especial russa na Ucrânia descortinou o conflito aberto contra o espectro da civilização Ocidental. Diante desse movimento, surge a abertura para a reforma total, a emergência do Logos civilizacional. Mas para isso, não basta uma vitória militar, é preciso expurgar o mal pela raiz, com uma filosofia autêntica, uma filosofia vencedora.
A questão sobre o nazismo ucraniano é midiaticamente dominada pelo Ocidente, sendo de difícil argumentação e domínio conceitual. Por isso, é imprescindível reconhecer que o nazismo ucraniano está enraizado mais profundamente na russofobia, esse é o seu caráter mais claro, que deve ser rejeitado e destruído no mundo inteiro.