A Força Nuclear da Quarta-Teoria Política

A humanidade nasce afeita à reflexão dos Universais que deslumbram-na através da natureza de sua terra nutriz, bem como às sublimações abstratas destas, que unindo-se à origem e relações do sangue de cada um, faz brotar uma Alma, procedendo-a uma via espiritual adequada, que a complementa e harmoniza, em prol de sua realização por meio do seu legado, isto é, sua ação no mundo.

O liberalismo surge como fenômeno de reversão desta manifestação orgânica própria à existência humana, uma vez que afunila a experiência do real em direção descendente, apontando para os aspectos anteriores corruptamente: Não como encaixes de um corpo social dotado de sentido absoluto – um Kosmos, por excelência – mas como potências inatas passíveis de desencaixe e consequente desvirtuo, buscando com isto a manifestação do desejo inferior.

Este desejo inferior, originalmente apenas “desejo”, é desenraizado de seu organismo cíclico (Universais – Terra – Sangue – Consciência – Espiritualidade – Universais) de modo a espasmar desarmonicamente, expressando, na sua desconexão com o Todo, a conclamação de um “Eu” unilateral, de modo que, confundidos em si, tornam-se cada qual uma expressão mal-acabada do “Kosmos”, crendo cegamente na autossatisfação como via de realização totalizante.

Buscas assentadas neste desvio estão fadadas ao fracasso, pois tudo aquilo que não aponta altivamente para o Eterno, para o Bem e para o Belo, isto é, para a transcendência que nunca deixa de ser equilíbrio perfeito – e incessante busca pelo refinamento deste – culmina em antropofagia metafísica, refletindo na afirmação por meio de uma negação cartesiana radical, findando no niilismo.

Ao conceber isto, compreendemos a força nuclear da Quarta-Teoria Política, único movimento que abarca a realidade em um sentido totalizante: O Direcionamento do Homem para a ação integral, refletindo simultaneamente a natureza de sua terra, de seu sangue, de sua espiritualidade e de sua consciência presente, sem jamais excluir uma ou outra; antes, unindo-as perfeitamente como fragmentos de um grande espelho social, capaz de refletir a Solar emanação fértil da Aurora – cada vez mais próxima – dos tempos.