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Modernidade e Eternidade e Tradicionalistas sem Tradição - Palestra de Aleksandr Dugin para o Encontro Nacional Evoliano de Curitiba

A primeira parte está dedicada ao tradicionalismo e à sociologia, e também à importância de Platão. 

 
O tradicionalismo insiste sobre o dualismo que existe entre dois mundos: o mundo da Tradição e o mundo moderno. Este dualismo corresponde a duas categorias sociológicas: pré-modernidade e modernidade. Este paralelismo entre o tradicionalismo e a sociologia é muito importante e é necessário desenvolver esta afinidade no futuro. 
 
Em Paris, no ano de 2011 eu realizei uma palestra sob o título: “René Guénon como sociólogo”. René Guénon em sua obra “O Reino da Quantidade e os Sinais dos Tempos” usava o símbolo tradicional e sagrado do Ovo do Mundo. Na visão de Guénon o mundo pré-moderno corresponde ao Ovo do Mundo aberto por cima e fechado por baixo. Os raios espirituais entram no mundo e assim as coisas cósmicas e materiais recebem as qualidades sagradas. 

Cinco Teses sobre o Significado da Vida

Já é hora de chamar as coisas pelos seus próprios nomes, sem prestar atenção à correções estilísticas ou tons excessivamente acadêmicos. Torna-se claro que, em qualquer caso, ninguém vai entender-nos ou receber-nos. Portanto não há nenhuma razão real para dar ao discurso um tom mais estilístico. Não jogamos xadrez no final da Kali-Yuga. Todos devem deixar claro para ele(a) mesmo(a), o que queremos e o que nós queremos de você pessoalmente. A pergunta é sobre o sentido da vida. Uma pergunta típica. Durante os tempos de passagem, temos de enfrentá-la sem quaisquer risos ou rodeios. Nosso objetivo tem vários níveis.

Metafísica do Caos

 

Na realidade ele não tem qualquer relação com o Caos enquanto tal, com o Caos no sentido grego original do termo. É ao invés um tipo máximo de confusão. René guénon chamou a era na qual vivemos agora de uma era de Confusão. A Confusão significa o estado de ser que sucede a ordem e a precede. Assim nós devemos fazer uma distinção clara entre dois conceitos diferentes. Por um lado nós temos o conceito moderno de caos que representa pós-ordem ou uma mistrua de fragmentos contraditórios de ser sem qualquer unidade e ordem, ligados entre si por correspondências e conflitos pós-lógicos altamente sofistsicados. Gilles Deleuze chamou esse fenômeno de um sistema não co-possível composto pela multiplicidade das mônadas (usando o conceito de mônadas e co-possibilidade introduzido por Leibiniz) tornando-se para Deleuze "as nômadas". Deleuze descreve a pós-modernidade como uma soma de fragmentos não co-possíveis que podem coexistir. Isso não era possível na visão leibniziana da realidade baseada no princípio da co-possibilidade. Mas dentro da pós-modernidade nós podemos ver elementos excludentes coexistindo. As mônadas não-co-possíveis ("nômadas") não-ordenadas enxameando ao redor poderia parecer o caótico, e nesse sentido nós normalmente usamos a palavra caos no linguajar quotidiano. Mas estritamente falando nós deveriamos diferenciar.