Em Defesa do Eurasianismo

A campanha antieurasiana que foi lançada na mídia social por nacionalistas russos (que coincide com o aniversário do Professor Alexander Dugin) despertou meu interesse (embora eu não goste muito do que está acontecendo). É claro que o eurasianismo não tem nada a ver com nacionalismo e, na verdade, ambas as ideologias se criticam mutuamente. Entretanto, é necessário ter um diálogo que não só esteja à altura da tarefa, mas também seja respeitoso. Algo que não está acontecendo.

Trump e o Problema Ucraniano

Quando dizemos que toda a Ucrânia deve fazer parte de um espaço russo unificado, não estamos fazendo exigências excessivamente extremas. Isso não é maximalismo. O estado atual da Ucrânia é incompatível com a própria existência da Rússia. E se essa questão for congelada novamente, mesmo que incluamos todos os nossos novos territórios dentro das fronteiras administrativas, ainda assim isso não resolve nada. Eles irão se rearmar e atacar novamente. Ninguém pode garantir o contrário.

O Príncipe Nikolai Trubetskoy e a sua Teoria do Eurasianismo

Em 16 de abril de 1890, nasceu Nikolai Sergeevich Trubetskoy, o grande pensador russo, linguista e fundador do movimento ideológico do Eurasianismo. A principal ideia de Trubetskoy era que a Rússia não é simplesmente um país europeu, como insistiam os ocidentalizadores russos, mas uma civilização particular e separada, o Mundo Russo. Este é o ponto mais importante.

 

Pensar o Caos e o "Outro Começo" da Filosofia

O caos não fazia parte do contexto da filosofia grega. A filosofia grega foi construída exclusivamente como uma filosofia do Logos e, para nós, tal estado de coisas é tão normal que (provavelmente corretamente do ponto de vista histórico) identificamos a filosofia com o Logos. Não conhecemos outra filosofia e, em princípio, se acreditarmos em Friedrich Nietzsche e Martin Heidegger junto com a filosofia pós-moderna contemporânea, teremos que reconhecer que a própria filosofia descoberta pelos gregos e construída em torno do Logos esgotou completamente seu conteúdo hoje.

Hegel e o Salto Platônico

No dia 14 de novembro de 1831, faleceu Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), o maior filósofo romântico na história do pensamento. Heidegger, junto com Nietzsche, acreditava que Hegel foi aquele que completou a história da filosofia do Logos Ocidental e o ápice da história da filosofia e da filosofia em geral. Se Platão foi o filósofo do início, então Hegel e Nietzsche foram os filósofos do fim. Nesse sentido, Hegel foi o filósofo somativo.

Conosco ou Nada

É possível dividir o fenômeno bolchevique em duas partes. Por um lado, o campo doutrinário de vários socialismos pré-marxistas, visões e teorias comunistas que existiram paralelamente e continuaram a existir como motivos intelectuais mesmo depois que o marxismo foi imposto como ideologia oficial. Essa primeira etapa pode ser chamada de "projeto bolchevique".

O Instagram e a Ideologia Liberal

Estamos muito próximos do ponto de não retorno para o liberalismo, não só na Rússia, mas também no mundo inteiro. Sem uma catástrofe, as elites liberais não serão mais capazes de manter seu poder sobre a humanidade. O fracasso de Biden no recente debate com Trump é um sintoma muito significativo. O mesmo vale para os sucessos dos populistas de direita na Europa, onde Orban está se tornando uma figura simbólica importante.

 

O Conceito de "Civilização" e os seus Labirintos

Como no Brasil é muito comum que todo debate seja extremamente tardio, discute-se hoje sobre se o Brasil é ou não é "ocidental". Alguns grandes brasileiros, à frente do seu tempo, como Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro, Sérgio Buarque de Holanda, Plínio Salgado, entre outros, consideravam ponto pacífico que o Brasil era parte de uma civilização "latino-americana" (em outro texto eu já expliquei o porquê de rechaçar esse termo em prol do "ibero-americana"), e não de qualquer outra.

Biden pode nos levar à Terceira Guerra Mundial, mas será que Trump será diferente?

Quais são as diferenças concretas entre Trump e Biden no que concerne as perspectivas de uma futura guerra mundial? Analisar a política estadunidense não se trata, como demonstra Aleksandr Dugin, de analisar um conflito entre o “bem” e o “mal”, mas entre tipos e graus diferentes de “mal”.

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